Origem: Scientific American Brasil Ano n*3 N8 32 (www.sciam.com.br
Uma planta tipicamente brasileira poderá ser a nova estrela do mercado nacional e internacional de cosméticos. Após dez anos de estudo, pesquisadoras da USP conseguiram provar que a Pariparoba (Pothomorphe umbellata) , originária da Mata Atlântica, protege a pele dos efeitos nocivos dos raios solares. Até agora, ela era popularmente conhecida apensas por tratar doenças renais, hepáticas e cicatrizar ferimentos. É um arbusto de até 1,25 m altura e é encontrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais , Espirito Santo e Bahia. “Começamos a estudar a pariparoba para entender melhor sua ação para prevenir lesões hepáticas, pois não havia literatura científica a respeito. Verificamos que ela tinha uma substância, o 4-nerolidilcatecol, com características químicas de um bom antioxidante”, diz uma das pesquisadoras, Sílvia Barros, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Teve início assim a tese de doutorado de Paulo Chanel D. de Freitas, que demostrou que extratos da planta exerciam atividade antioxidante in-vitro, atividade que podia ser atribuída ao 4-nerolidilcatecol. Também foi demonstrado que a substância era dez vezes mais ativa que o alfa-tocoferol (vitamina E). Os estudo continuam com a dissertação de mestrado e a tese de doutorado de Cristina Dislich Ropke, sob orientação de Sílvia, que buscou provar as propriedades antioxidantes da pariparoba sobre a pele. A Natura venceu a concorrência para produzir comercialmente o produto por 30 meses.
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