Alergias provocadas por plantas; dermatite por contato com plantas (DCP) –

Cabriúva, Espinheira-santa , Mulungu , Salsaparrilha, .
Sintomas e Causas : Reações alérgicas despertadas pela incompatibilidade do organismo com certos (ou certo) componente(s) existentes nas plantas, que ao serem ingeridas podem provocar
alergia. www.anaisdedermatologia.org.br: As dermatites de contato por plantas (DCP) representam importante problema de saúde, considerando a grande utilização desses elementos na medicina popular, em medicamentos deles derivados e produtos cosméticos contendo extratos ou substâncias de origem vegetal, bem como contato com plantas em atividades
de caráter profissional ou não. Dentre as ocupações que expõem os indivíduos a esse tipo de risco, destacam-se as seguintes: jardineiro, florista, guarda-florestal, trabalhador em desmatamento e reflorestamento, marceneiro, carpinteiro, cozinheiro, lavrador, fazendeiro, operário em fábricas de produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população mundial usa os recursos da medicina popular (plantas medicinais), para suprir as necessidades de assistência médica primária. Em um estudo realizado no Estado do Ceará, ficou demonstrada a alta freqüência do uso dessas plantas em fitoterapia, destacando-se malvarisco (Plectranthus ambroinicus), corama-vermelha (Briophyllum pinnatum), corama-branca (Kalanchoe crenata), ipecacuanha do Nordeste (Hybanthus ipecacuanha), eucalipto-limão (Eucalyptus citriodora), hortelãs (Mentha arvensis, M. piperita, M. villosa, M. pulegium), mastruço (Chenopadium ambrosioides), cebola-branca (Allium ascolonicum), entre as de maior utilização. A aroeira aparece em décimo sexto lugar, mas merece mais atenção, no estudo das dermatites de contato, devido a seu alto poder sensibilizante e irritante. Na China, a ocorrência das dermatites de contato provocadas por plantas medicinais usadas na medicina chinesa tradicional representa 17,3% do total desse tipo de dermatite. De acordo com estudos desenvolvidos na Europa, estima-se que entre 5 e 10% das dermatites alérgicas envolvem plantas. Neste estudo, foram consideradas apenas as reações por terebintina, prímula, colofônia, bálsamo-do-­peru, produtos incluídos na bateria padrão para testes de contato. Não foram mencionadas aqui as reações irritativas por ação mecânica ou química. Se consideramos o índice de utilização dessas plantas e seus potenciais efeitos adversos, principalmente aqueles referentes à pele, podemos concluir que os dermatologistas precisam dar mais importância a esse assunto, procurando conhecer melhor a cultura, os costumes e os hábitos que podem ajudar a diagnosticar, permitindo resgate mais detalhado da história clínica

Tratamentos Fitoterápicos Propostos

Segundo Machadino, uso de composto com as seguintes plantas, órgãos e dosagens.: Mulungu, casca da raiz, 100 g; cipó-roxo ou amarelo, raai, 100 g; espinheira-santa, folha, 35 g; eucalipto-medicinal; folha, 35 g; cabriúva, casca, 100 g; jurema, casca ou folha, 50 g; salsaparrilha, raiz, 100 g. Proporção para 1 litro de água sem cloro. Fórmula de xarope. Dose: tomar 1 colher de sopa, 5 vezes ao dia, por um período de 30 dias.Plantas que provoca irritação: www. anaisdedermatologia.org.com.br/public/artigo.asp?id=239 [caso de interesse sobre o assunto, pesquisar neste site, pois o assunte é muito vasto e muito bem estudado]: Dermatite de contato por plantas (DCP) irritativas 1. Irritação mecânica: dentre as plantas capazes de provocar irritação mecânica, destacam-se espécies dos taxons genéricos Cereus, Cephalocereus, Opuntia, que possuem espinhos e farpas. São os cactos-mandacaru (Cereus jamacaru) e xiquexique (Pilocereus gounelei) e as palmas (Opuntia squamosus, Opuntia vulgaris Tc). Na família Palmae incluem-se coqueiro (Cocus nucifera), carnaúba (Copernicia prunifera), tucuns (Pyrenoglyphis maraja e Astrocarium vulgare); na família Liliaceae, melindre (Asparagus plumosum) e japecanga (Smillax japicanga): na família Moraceae, contra-erva (Dorstenia brasiliensis); na família Rosaceae, rosa-amélia (Rosa centifolia), uma das plantas mais cultivadas popularmente. Também importante é o riso-do-prado ou buganvília (Bougainvillea spectabilis), trepadeira espinhosa muito usada como planta ornamental. Diferentes plantas campestres possuidoras de espinhos provocam traumatismos na pele. Dessas, citamos apenas as mais comuns: cardo-santo (Argemone mexicana), que também contém alcaloides tóxicos, taninos e lactonas sesquiterpênicas: com espinhos em rosetas, são conhecidas as gramíneas dos gêneros Desmodium e Aeschinomene; com espinhos em pendões, o carrapicho comum (Cenchrus echinatus); plantas subarbustivas com espinhos, malícia (Mimosa pudica) e outras, maiores, do mesmo táxon genérico. Entre os cipós, os mais comuns no Nordeste pertencem à família Dileniaceae, sendo mais conhecidos o cipó-de-vaqueiro ou cipó-de-fogo (Davila rugosa), cujo atrito acidental ou proposital, além de lesar a pele, provoca sensação de queimação. A agave (Agave americana) provoca dermatite irritativa, mecânica ou química, em 80% dos casos. É usada na fabricação artesanal de cordas, redes e objetos decorativos, na produção da bebida alcoólica mexicana pulque e como planta ornamental. Possui espinhos e compostos químicos (oxalato de cálcio em microagulhas ou ráfides, óleo volátil e saponinas, que são precursoras de hormônios esteroides sintéticos). Pode causar dermatite purpúrica (vasculite leuco citoclástica) e reações sistêmicas manifestas por febre, mialgia, tosse, cefaléia, diarreia. A roçada do feijão e do milho acontece durante o período da colheita e debulha, constituindo reação pruriginosa utriculariforme, em virtude da ação traumática de micropêlos rígidos, presentes nas palhas do milho (Zea mais) e na vagem do feijão-de-corda (Vigna sinensis) ou mulatinho (Phaseolus vulgaris).