AMINOÁCIDOS: dados gerais de alimentos como fontes

Substâncias

Dos vinte e tantos aminoácidos isolados até agora, oito só podem ser obtidos através dos alimentos: isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina.
Por isso são chamados aminoácidos nutricionalmente essenciais.

A histidina também é nutricionalmente essencial durante o crescimento, depois deixa de ser. Os aminoácidos restantes são sintetizados no corpo a partir de carboidratos e nitrogênio; têm vários nome de acordo com suas ramificações, e incluem alanina, ácido aspártico, asparagina, arginina, cisteína, ácido glutâmico, glutamina, glicina, prolina, serina, tirosina. A cisteína/cistina e a tirosina podem suprir, respectivamente, 30% das necessidades de metionina e 50% das de fenilalanina, por isso estão ganhando mais status ultimamente. Dois aminoácidos são ricos em enxofre: cisteína/cistina e metionina. A cistina é a forma estável da cisteína, portanto ambas podem ser consideradas um só.
Quando metabolizadas fornecem ácido sulfúrico, que é desintoxicante. O triptofano é um aminoácido importante para o sistema nervoso: seu encontro com a insulina produz serotonina, neurotransmissor que age como calmante natural. O L-Triptofano em forma de cápsulas, receitado contra depressão, ansiedade, desordens do sono, síndrome pré-menstrual e outras mazelas, é suspeito pelo FDA norteamericano de causar eosinofilia, uma doença do sangue que se faz acompanhar por dores musculares, fraqueza, dor nas juntas, inchaço nos braços e nas pernas, febre e pele seca. As proteínas contêm no mínimo 1% de triptofano, portanto 60 gramas de proteína fornecem 600 mg de triptofano ou 10 NEs (niacina equivalentes). Percentual de triptofano no conteúdo proteico de alguns alimentos: ovos 1.5%, leite 1.4%, carnes 1.1%, grãos, frutas e vegetais 1%.
O ácido glutâmico é fundamental para o cérebro e parece ter uma influência decisiva no processo químico da memória, juntamente com o zinco e as vitaminas B1, B6 e B12.
Fontes ricas em ácido glutâmico, em mg/100 gramas: amendoim (6.3), gergelim e germe de trigo (5.0), semente de abóbora (4.3), amêndoa (4.1), castanha-do-pará (3.1), gema de ovo (2.0).
Estes alimentos também são ricos em zinco e vitaminas B. O ácido aspártico tem relação com a resistência à fadiga, principalmente porque ajuda a eliminar amônia do organismo e assim protege o sistema nervoso central. A ornitina e a arginina estão ligadas ao crescimento, à formação dos músculos e à mobilização da gordura para queima. A lisina favorece a imunidade. A fenilalanina, que se transforma em tirosina, é um neurotransmissor que dá origem à norepinefrina e à dopamina, que por sua vez produzem excitação, acuidade e vitalidade. A glicina atua na liberação do glicogênio, favorece os músculos, combate a hiperacidez gástrica.
SUPLEMENTOS
Os aminoácidos podem ser utilizados separadamente com finalidades terapêuticas, mas é fundamental que isso seja feito sob supervisão médica.