Tecidos lesados: renovação celular ; CICATRIZAÇÃO

Plantas Relacionadas na Literatura : Abacaxi, Calêndula, Confrei , Gerânio  .
Sintomas e Causas :
CICATRIZAÇÃO Nosso organismo é freqüentemente lesado por agentes agressores. Traumatismos mais ou menos graves, desencadeados de diferentes maneiras, destroem zonas do corpo, que a partir desse momento necessitam reparação. A pele, sendo a região mais periférica e superficial, é a mais freqüentemente lesada. Como envoltório de estruturas internamente situadas, apresenta uma resistência maior que os órgãos envolvidos. Se considerarmos um músculo, ou uma porção de intestino, ou outro órgão qualquer, a pele é mais forte, com exceção, é claro, dos ossos que têm uma grande resistência e podem ser considerados os mais vigorosos do corpo. Denomina-se cicatrização ao fenômeno pelo qual o organismo tende a reparar uma porção lesada. Se um agente agressor causa um dano em um local, imediatamente ocorre uma série de fenômenos que visam à reorganização daquela zona e desenvolvem-se numa mesma ordem, com o objetivo de reparação. Para o entendimento dos diferentes fenômenos que ocorrem durante esta reparação, será descrito o processo de cicatrização de uma lesão na pele. Processo da cicatrização Imagine-se que, trabalhando na cozinha, com uma faca, uma dona de casa corta uma porção de 1 cm na polpa do dedo polegar do lado direito Imediatamente após a lesão ocorre um sangramento mais ou menos importante, porque vasos sanguíneos, (capilares, artérias e veias) são seccionados durante a lesão. Depois de um determinado tempo ocorre o fenômeno da hemostasia, que é a coagulação do sangue na extremidade destes vasos sanguíneos rompidos. Nestas situações de hemorragia a melhor conduta que se pode ter é a de uma leve compressão na zona sangrante. Imediatamente, toda a região deve ser cuidadosamente lavada para a retirada do sangue, de coágulos e de elementos estranhos, (sujeiras) que podem estar presentes na região traumatizada. Esta limpeza deve ser cuidadosa o suficiente para não remover os pequenos coágulos que estão obstruindo a extremidade dos vasos sangrantes, impedindo a manutenção de seu sangramento. É de conhecimento popular, que uma limpeza com esfregação muito profunda, na região lesada, desencadeia a continuidade do sangramento, que é exatamente o que se quer evitar. Este fenômeno da hemostasia ocorre nos primeiros minutos após a lesão e tem como objetivo impedir a perda sanguínea. A partir do momento da lesão até os primeiros dois dias ocorre a denominada fase inflamatória, que se caracteriza pela saída de leucócitos de dentro dos capilares (fenômeno da diapedese), com o objetivo de “limpeza” (pela fagocitose) das partículas que ficam alojadas na zona de lesão. Este fenômeno (fagocitose) permite que micróbios, outros fragmentos teciduais e corpos estranhos possam ser retirados da zona traumatizada. Ao mesmo tempo em que estes fenômenos estão ocorrendo existe uma proliferação dos capilares com um aumento do seu número, permitindo um acréscimo no conteúdo sanguíneo que chega à região. Com o extravasamento líquido na zona ferida ocorre um edema (inchume), que dá o aspecto externo aumentado à zona de lesão.
A cor avermelhada regional, nas zonas em cicatrização tem estas características por causa da vasodilatação e aumento do número de capilares. Junto com estes fenômenos, na porção mais superficial da pele existe um intenso aumento das multiplicações celulares (mitoses) que possibilitam o preenchimento desta zona lesada com células epiteliais.
Estas células tendem a fechar e impermeabilizar a zona ferida.
Todos estes fenômenos até aqui descritos ocorrem nas primeiras 24 horas após a lesão. Amadurecimento da cicatriz e variáveis Após o 3 o dia de lesão inicia-se na zona lesada um depósito de colágeno que é uma substância que permite uma união fibrosa entre as duas superfícies da ferida. Durante as próximas duas semanas a multiplicação das células epiteliais e o acúmulo de colágeno permitem uma aderência cada vez mais resistente à zona lesada. A cor avermelhada da cicatriz até agora evidente começa a empalidecer e tornar-se esbranquiçada, pois ocorre uma diminuição na quantidade de capilares regionais. No final do primeiro mês após a lesão a cicatriz existente na zona traumatizada está recoberta por uma camada de tecido epitelial íntegra. Na realidade o processo completo de cicatrização dura mais alguns meses (mais de seis) para completar-se. Durante este tempo ocorre o amadurecimento da cicatriz que se caracteriza por clareamento e alargamento. É importante salientar que todo este processo de cicatrização tem variáveis individuais, que dependem de fatores genéticos e ambientais. Desta maneira a cicatrização de um indivíduo não pode ser comparada com a cicatrização de outro, e mesmo na própria pessoa uma zona do corpo tem características diferentes de outra. Outro fator digno de nota é o fato de que a cicatrização é um fenômeno biológico que tem peculiaridades que independem do tratamento. Mesmo um ferimento adequadamente tratado pode ter uma evolução desfavorável e resultar em uma cicatriz de má qualidade. No exemplo descrito no início deste texto, o ferimento no polegar da dona de casa, chama a atenção que mesmo um pequeno ferimento como este tem uma evolução irreversível. Independe do tipo de tratamento.
O que pode variar é o tipo de cicatriz, mas o desencadeamento do fenômeno é uma seqüência de fatos, como já se disse, irreversível.
fonte: www.abcdasaude.com.br fonte:www.feridologo.com.br
As forma de cicatrização podem ser: primária, secundária ou primária tardia. CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA Advém da sutura por planos anatômicos.
Na cicatrização primária não há perda tecidual. Pode ocorrer complicações como isquemia peri-sutura em decorrência de técnica inadequada, presença de corpo estranho, coleção de líquidos, hematomas e infecção superficial. Esses fatores poderão evoluir à deiscência de sutura cirúrgica. CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA Quando a evolução cicatricial da ferida é espontânea chama-se secundária.
CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA TARDIA Às vezes, para acelerar o processo de cicatrização secundária pode-se realizar aproximação das bordas da ferida com pontos de sutura simples. Tal procedimento é denominado cicatrização primária tardia. Fisiologicamente, o mecanismo de cicatrização é o mesmo, variando na duração do processo e nos resultados estético-funcional, que são melhores na cicatrização primária.
Fisiologia Cicatricial Fatores que Interferem na Cicatrização Aspecto Nutricional da Cicatrização Controvérsias no Tratamento da Ferida Tipo de Cicatrizes Cutâneas Tratamento de Cicatrizes – malha elástica – placa de silicone – corticoide intra lesional – gel tópico
PARA SABER MAIS Consulte o Livro do Feridólogo – Tratamento clínico-cirúrgico de feridas cutâneas agudas e crônicas do Prof. Dr. Luiz Claudio Cândido (autor e editor), dezembro 2006, Santos-SP.

Tratamentos Fitoterápicos Propostos

Tratamentos Propostos : Segundo Dr. Degmar, plantas com ação anticéptica e cicatrizante devendo ser usadas exclusivamente de maneira tópica (uso externo): Neen indiano (Azadirachta indica), folhas, sementes (óleo); Confrei (Symphytum officinalis), folhas, infuso; Maleleuca (Maleleuca alternifolia), óleo essencial;
Teles recomenda o uso da planta ABACAXI: Por conter a bromelina que é uma enzima proteolítica, encontrada no rizoma do abacaxi, mas que está presente também no fruto, folhas e coroa, atuam nas feridas retirando as células mortas e facilitando a cicatrização, promovendo uma verdadeira renovação celular (regeneração dos tecidos).
MODO DE USAR: socar em 1 pilão, 2 colheres sopa de frutos picados, 1 colher de sopa de farinha de trigo. Amassar bem. Aplicar esta pasta nas partes afetadas do corpo, deixando 15 minutos. Após lavar normalmente. Aplicar depois um creme de Guaçatonga ou Confrei. fonte:www.curapelasplantas.com.br