Mulungu

Nome cientifico: Erythrina mulungu Mart. ex Benth. E.volutina; E. verna Vell., E. falcata Benth., E. poeppi

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Amansa-senhor, árvore-de-coral, bico-de-papagaio, canivete, capa-homem, corticeira, flor-de-coral, suína, suiná, suinã, tiriceiro.
www.aguaforte.com: Bico-de-papagaio, comedoi (tupi), molongo-branco, muchocho, mulungu, murungu, pau-coral, pau-imortal, sananduva, suinã, suiná, sapatinho-de-judeu.

Composição Química:

Os alcaloides desta planta são encontrados na maioria da espécie Erytrina e estão sendo no momento alvo de muitos estudos principalmente nos EUA, por suas propriedades ansiolíticas.
www.aguaforte.com: As Erythrina spp relacionam-se com as plantas do gênero Chondondendron e Strycnos , com alcalóides de ação curarizante. Os alcalóides presentes nas Erythrina spp, eritrina e eritroidina, este constituído de dois alcaloides isômeros, alfa e beta-eritroidina, ambos dextrógeros. Estão, ainda presentes eritrocoraloidina e migurrina (glucóside análogo à saponina) [Da Matta]. Segundo Raffaut estão presentes os alcalóides: ërysodine, dihidrooerysodine, glaco-erysodine, tetrahidro-erysodine, reysonine, erysothiopine, erysothiovine, erysovine, erythraline, erytramine, erythratiodine, erythratine, dihidro-erythratine, erytrina base, alfa- erythroidine, beta-erythroidine, hypaphorine, hypoguavine. Os alcalóides eritratidina, erisodina e erisovina foram isolados da E.flacata. (36) (37) Da espécie E.dominguezzii foram isolados: erisodina, erisopina e erisovina.(37) Da E. cristagalli, os alcalóides: erisolina, erisopina e erisovina. Das sementes da E. falcata foram isolados: erisopina, erisodina, erisonina e eritrotidina .
Há, ainda, o alcaloide erysocine de ação semelhante ao curare, isolado de diversas espécies de Erythrina. (l7)
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As Erythrina spp relacionam-se com as plantas do gênero Chondondendron e Strycnos , com alcalóides de ação curarizante.(l2) Os alcalóides presentes nas Erythrina spp, eritrina e eritroidina, este constituído de dois alcaloides isômeros, alfa e beta-eritroidina, ambos dextrógeros.(l3) Estão, ainda , presentes eritrocoraloidina e migurrina (glucóside análogo à saponina)(l4) e Da Matta faz referência à rotenona, substância cristalina com ação inseticida.(l5) Segundo Raffaut (l6) estão presentes os alcalóides: ërysodine, dihidrooerysodine, glaco-erysodine, tetrahidro-erysodine, reysonine, erysothiopine, erysothiovine, erysovine, erythraline, erytramine, erythratiodine, erythratine, dihidro-erythratine, erytrina base, alfa- erythroidine, beta-erythroidine, hypaphorine, hypoguavine.” Os alcaloides eritratidina, erisodina e erisovina foram isolados da E.flacata. (36) (37) Da espécie E.dominguezzii foram isolados: erisodina, erisopina e erisovina. da E. cristagalli, os alcalóides: erisolina, erisopina e erisovina.  Das sementes da E. falcata foram isolados: erisopina, erisodina, erisonina e eritrotidina. (38) Há, ainda, o alcalóide erysocine de ação semelhante ao curare, isolado de diversas espécies de Erythrina.
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As Erythrina spp relacionam-se com as plantas do gênero Chondondendron e Strycnos , com alcaloides de ação curarizante. Os alcalóides presentes nas Erythrina spp, eritrina e eritroidina, este constituído de dois alcalóides isômeros, alfa e beta-eritroidina, ambos dextrógeros. Estão, ainda , presentes eritrocoraloidina e migurrina (glucóside análogo à saponina) e Da Matta faz referência à rotenona, substância cristalina com ação inseticida.
Segundo Raffaut (l6) estão presentes os alcalóides: ërysodine, dihidrooerysodine, glaco-erysodine, tetrahidro-erysodine, reysonine, erysothiopine, erysothiovine, erysovine, erythraline, erytramine, erythratiodine, erythratine, dihidro-erythratine, erytrina base, alfa- erythroidine, beta-erythroidine, hypaphorine, hypoguavine.” Os alcalóides eritratidina, erisodina e erisovina foram isolados da E.flacata.  Da espécie E.dominguezzii foram isolados: erisodina, erisopina e erisovina.Da E. cristagalli, os alcalóides: erisolina, erisopina e erisovina.
Das sementes da E. falcata foram isolados: erisopina, erisodina, erisonina e eritrotidina.
http://www.plantasenteogenas.org/forum/showthread.php?1484-Estudo-Etnobot%E2nico-do-g%EAnero-Erythrina-Mulungu.


Dados para Cultivo

Propagação: planta nativa (mudas inrraizadas), semente

Espaçamento: planta nativa (sem dados agronômicos ainda, mas como é árvore, respeitamos conceitos agronômicos gerais

Época de Plantio: planta nativa (verão chuvoso para propagação natural)

Época Colheita: casca e ramos finos: ano todo preferencialmente no período pre-florescimento


Informações Gerais

Contra Indicações:

As sementes são consideradas tóxicas.
Segundo Dr. Brüning, é abortiva (as sementes).

Informação pessoal Prof. Dr. Polito IQSC-USP, o uso contínuo do mulungu, apresenta provavelmente um efeito acumulativo no organismo, que provoca uma reversão de seus efeitos provocando alterações do sono e distúrbios prováveis na química do cérebro [indesejáveis]. Recomenda portanto, que seu uso seja interrompido a cada 15 dias, com descanso de 1 semana, para mais duas semanas de uso contínuo.
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São apresentadas aquelas indicadas nas obras consultadas e as obtidas em pesquisa de campo.
As sementes das plantas do gênero Erythrina contêm alcaloides de ação curarizante. As propriedades farmacológicas do beta-eritroidina e de seu derivado diidro são muito semelhantes da d.tubocurarina, alcaloide isolado do gênero Chondondendron. O compostos diferem do curare em 3 aspectos: ação paralítica menos potente sobre as junções neuromusculares, duração mais breve da paralisia e eficácia oral. Ao contrário do curare, causa depressão do SNC em doses clínicas.

O alcaloide eritrina é usado como antídoto da estricnina  e a ingestão da casca pode causar morte.

A eritrocoraloidina presente nas cascas das hastes e folhas é de ação hipnótica, béquica e peitoral, não ocasionando forte hiperemia para o cérebro. 

Observações:

As sementes da Erytrina mulungu são consideradas tóxicas [abortivas].
www.aguaforte.com:
As sementes das plantas do gênero Erythrina contêm alcaloides de ação curarizante. As propriedades farmacológicas do beta-eritroidina e de seu derivado diidro são muito semelhantes da d.tubocurarina, alcaloide isolado do gênero Chondondendron. O compostos diferem do curare em 3 aspectos: ação paralítica menos potente sobre as junções neuromusculares, duração mais breve da paralisia e eficácia oral. Ao contrário do curare, causa depressão do SNC em doses clínicas.
O alcaloide eritrina é usado como antídoto da estricnina  e a ingestão da casca pode causar morte.


Preparo e Conservação

Extrato Peso/Volume: 10

Forma Conservação: Manter o material triturado e moído na forma de pó, armazenado com umidade relativa abaixo de 11%

Forma Preparo: Decocto da casca, 1 xícara de chá, 1-2 vezes ao dia, 1 colher de pó de sobremesa.


Uso Medicinal

Uso Principal:

Excelente na hepatite. Uso interno, da casca e ramos secos, em decoto, 7 minutos de fervura, 20% peso planta / água.

Esta planta está apresentando grande potencial fitofármaco [ principalmente como psicoativas ], ver uso normal.

Uso Normal:

Uso interno, da casca em decoto,7 minutos de fervura, 20% peso planta / água, como sedativo (diminuindo as dores), fibromialgia, contra ansiedade, tosses nervosas, diversos problemas do sistema nervoso tais como agitação psicomotora, insônia, etc. É empregado no caso de asma, bronquite, gengivite, inflamações hepáticas e esplênicas (do baço), febres intermitentes.

Nos EUA testes a recomendam para: acalmar crises de histeria depois de traumas ou choques, como sedativo hipnótico brando, calmante do sistema nervoso, palpitações do coração (crises de extra sístoles), insônia, hepatite (na qual é muito boa). Dose e preparo caseiro: chá preparado usando-se uma colher de sobremesa de pó da casca e ramos secos, em uma xícara média com água sem cloro fervendo, 1 ou 2 vezes ao dia, sendo uma delas antes de deitar.Segundo Machadinho, uso em alergia provocada por plantas.
A casca tem ação purgativa, diurética e calmante nas excitações nervosas, e a folha de uso tópico, de ação antiodontálgica e para curar úlceras e hemorróida. As propriedades da casca da Erythrina corallodendron Linné foram apresentadas em l930 pelo Laboratório Silva Araújo, a partir do extrato fluido ou da tintura, como sendo hipnótico e sedativo, recomendado como preferível ao ópio e à beladona, por provocar sono tranquilo, “sem determinar congestão do sangue para os centros cerebrais.” Acrescenta que acalma as tosses das bronquites e modera os acessos de asma.
Usos nas práticas médicas populares
Dizer que alguém merece chá de mulungu é publicidade bastante em diagnóstico psicopático. Na sombra do mulungu não brincam crianças e sim meninos já taludo. A penumbra da árvore enfraquece, debilita, esgota. Por isso tranquiliza os candidatos sôfregos da insanidade. Leia todo o artigo em: http://www.aguaforte.com/herbarium/Erythrina.html
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O objetivo do presente estudo foi avaliar a toxicidade aguda do extrato aquoso de folhas de Erythrina velutina, em conformidade com as normas atuais da Anvisa (2004).
Os resultados obtidos indicam que o extrato aquoso de folhas de Erythrina velutina, administrado agudamente, é atóxico por via oral em ratos, uma vez que não foram observados mortalidade ou sintomas adversos após a administração da dose limite de 5 g/kg. Este resultado já era de certa forma esperado, já que num estudo de DL50 realizado em camundongos (Bonfim, 2001) também não foram observadas mortes na mesma dose.
Exames histopatológicos não se fizeram necessários, uma vez que não foram observadas alterações nas autópsias.
Já que não houve toxicidade aguda, a avaliação da toxicidade crônica deverá ser o próximo passo no estudo toxicológico da planta.
Em resumo, o uso agudo da infusão de folhas de Erythrina velutina pela medicina popular pode ser considerado seguro, além de não representar risco à sobrevivência da planta (Zschocke et al., 2000), o que, somado ao fato de que seus efeitos farmacológicos já vêm sendo comprovados (Dantas et al., 2004; Marchioro et al., 2005), torna a E. velutina uma excelente candidata para o desenvolvimento de um futuro fitoterápico.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2008000500018
Dose recomendada geral:50 a 200 mg/ES /dia.

Teles em experiência totalmente pessoal, obteve bons resultados do uso da Mulungu em “crise de pânico pós cirúrgico”; mas para tanto recomenda total assistência de médico neurologista !!!

Uso Normal:

 

Conforme informações do pesquisador e mestrando Ulysses Paulino de Albuquerque da Universidade Federal do Pernambuco, a espécie usada em rituais afro-brasileiros em seu estado é a Erythrina velutina Wild., e é empregada no preparo de banhos de “descarrego”, com o propósito de trazer bem estar e tranqüilidade ao usuário, acrescentando, ainda, seu uso em garrafadas medicinais, às quais associam angico (Anadenanthera colubrina), barbatimão (Stryphnodendron sp) e aroeira (Schinus sp).

Características:

 

 

São originárias do Brasil central , desde São Paulo e Mato Grosso do Sul, até Tocantins e Bahia. Existem diversas variedades em estudo (pelo menos 3), muito semelhantes e com os mesmos usos populares e científicos. Nos últimos anos as pesquisas sobre estas plantas se acelerarão muito pelos indicadores fitoterápicos encontrados.
É uma árvore de copa arredondada, com alguns espinhos, decídua, com até 14 m de altura, tendo seu tronco com grossa casca corticosa e fissurada, folhas compostas trifoliadas, com folíolos coriáceos, flores com aspecto típico da espécie, cheias de ar com forma de uma pequena espada árabe (cimitarra), em amplas panículas terminais, aparecendo quando as plantas já estão quase sem folhas dando as mesmas um aspecto bonito, com frutos pequenos tipos vagens, deiscentes, com até 6 sementes, com cor parda.As pontas das folhas das espécies Erytrina mulungu e E. verna, são levemente arredondadas e as das espécies de Erytrina velutina, conhecida comumente como mulungu, é no formato de lança ou de coração.

Foto:

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