Mandioca

Nome cientifico: Manihot utilissima (Manihot esculenta Crantz)

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Aipim, macaxeira. Cultivares para indústria: SRT-59 Branca de Santa Catarina, SRT128-Fibra, SRT-1105-Mico ou Roxinha, IAC-12, IAC-14. Para mesa: IAC-14-18, IAC-24-2-Mantiqueira, IAC-352-7-Jaçanã, IAC-576-70. Para fundo de quintal: SRT-1-Vassourinha, SRT-454- Guaxupé, SRT-1140-Vassourinha amarela, SRT-797-Ouro do Vale.

Composição Química:

Mandioca mansa: contém baixíssimo teor de linamarina podendo ser consumida ao natural (uso culinário).
Obs.: há variedades de mandioca mansa cujas flores tem teor de linamarina mais alto que nas raízes de mandiocas bravas. Cuidados devem ser tomados na utilização de folhas de variedades mansas na alimentação animal.
– Conforme uso há variedades de mandioca para indústria, para a mesa, para forragem, mistas (vários usos).


Dados para Cultivo

Propagação: ramas: 4-6 m3/ha (maniva com 20 cm)

Espaçamento: 1 x 0,6 m (terras fracas), 1,2 x 0,6 m (terras férteis).

Época de Plantio: maio a outubro. (maio-junho quando com irrigação: melhor)

Época Colheita: tubérculos: industrial: 14-16 meses após plantio; mesa: 7-14 meses


Informações Gerais

Contra Indicações:

Cuidados com a variedade chamada “mandioca brava” pelo seu elevado conteúdo de ácido cianídrico -HCN.; glicosídeo CIANOGÊNICO [ 0,002-0,03 NAS VARIEDADES AMARGAS E 0,007 NAS VARIEDADES DOCES
>>Contém cianureto de potássio (KCN) que é substância tóxica
Mandioca brava: contém a substância linamarina (no látex, notadamente na casca da raiz e nas folhas) em teor elevado; essa substância transforma-se em ácido cianídrico (altamente tóxico) no estômago do homem e dos animais. É de uso industrial.
(UFLA )

Valor Alimenticio:

Existem dois tipos : a brava ou amarga e a mansa ou doce. A brava, contem uma substância que em certas condições transforma-se no ácido cianídrico que é um tóxico forte aos animais e homem. Deve portanto, apenas ser consumida na forma de farinha, pois na sua fabricação, tal ácido se perde por volatilização. A mansa, contem a mesma substância mas em quantidade atóxica (não oferece nenhum perigo) podendo ser consumida cozida ou assada ou mesmo frita.
A TAPIOCA , é a fécula extraida da raiz usada como alimento e como agente espessante/ os indios makuna da amazonia tratam sarna com água de lavagem da produção desta farinha
Dr A,C. >>>A raiz é facilmente digerida e com pouca proteina; sendo conveniente para convalecentes ; a tipo amarga para tratar sarna; disenteria e diarreia [c0m cuidados]


Preparo e Conservação

Extrato Peso/Volume: 10


Uso Medicinal

Uso Normal:

Tubérculos (raiz suculenta), uso interno, como alimento: convalescenças, desnutrição. Uso externo, cataplasma da farinha, edemas reumáticos, artrite, abscessos

Características:

A mandioca é conhecida cientificamente, como Manihot esculenta, Crantz, Enphorbiaceae, Dicotyledonae.
A palavra mandioca parece derivar da língua dos índios tupis – Mani (nome da filha de um chefe) e oca = casa.
Na língua inglesa é manioc e em língua espanhola anioca.
A planta é um arbusto perene, resistente à seca, com raízes tuberosas (que acumulam amido) de formato variado e em número de 5 a 20. O caule (sem ramificação no período vegetativo) pé ereto, de cor cinza ou prateada ou pardo-amarelada; as folhas são simples, com 5-7 e lóbulos, as flores unissexuadas masculinas ou femininas e o fruto é uma cápsula (tricoca) com 3 sementes e que se abre quando seco. A semente, parecida com a da mamona, contém óleo.
Há 2 tipos de mandioca: mandioca brava ou amarga e a mandioca doce ou mansa (aipim, macaxeira).

Ainda separa-se mandiocas segundo finalidades de uso: indústria (farinha, amido, raspas, álcool), consumo humano(mesa) para forragem (raízes frescas e desidratadas, parte aérea fresca e fenada), mistas (para farinha e forragem), e segundo o ciclo de colheita: precoces (10 a 12 meses), semi-precoces (14 a 16 meses) e tardias (18 a 20 meses).
As variedade (cultivares) para indústria devem ser precoces e de grande produtividade, com elevado teor de amido (30%), com raízes cilíndricas, com película fina facilmente destacável.
As variedades para mesa devem ter baixo teor de ácido cianídrico (50 mg/kg de polpa fresca), raízes curtas, grossas, com casca facilmente removível, polpa branca ou amarelada de odor agradável, de cozimento rápido.
As variedades para forragem devem produzir grande quantidade massa verde (ramas tenras e folhas), e raízes, devem ter teor baixo de ácido cianídrico, folhas persistentes, alta capacidade de brotação pós corte, bom teor de proteínas.
Variedades indicadas para o Nordeste trópico sub-úmido: Mmex e Fio de Ouro (indústria), Saracura e Abacate (para mesa) Maragogipe, Casca Roxa e Paraguai (mesa e forragem).
Variedades para o semi-árido: Platina (mesa, indústria e forragem fenada) para região de Itaberaba; Branquinha (mesa) região de Irecê; Alagoana (mesa) para região de Ribeira do Pombal e Caetité (mesa) para a região de Caetité.
Obs : aipins Maragogipe, Paraguai, Casca Roxa, Manteiga são indicados para consumo humano e para forragem (raízes frescas e parte aérea fresca).
A composição química de 100g. de raízes de mandioca é: umidade (65g.), glucídios (30g.), lipídios (0,8g), protídios (1,5g.), celulose (1,6), cálcio (0,2g) fósforo (0,1g).
fonte: http://www.seagri.ba.gov.br/Mandioca.htm

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