Mandacaru

Nome cientifico: Cereus jamacaru DC

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Mandacaru-de-boi; jamacaru [Lorenzi]
Família : Cactaceae
Nome Popular: Mandacaru, Cacto Nacional, Babão, Mandacaru Boi, Cardeiro e etc

Composição Química:

Princípios ativos: Flavona, flavonóis, xantona, albumina, aldeído, saponina e alcaloide, a tiramina.


Informações Gerais

Valor Alimenticio:

Quando usado na culinária: cortar os artículos em fatias transversais e fazer um doce.
“É saboroso e de aspecto interessante pelo formato estrelado que apresenta”.

Postado por José Arivalter

Observações:

Como Diz um poema pulicado na Revista do IPA(Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária):
“Raspa a casca preta de fora.
aproveita a branca de dentro,
uma pitada de sal tempera,
deixa descansar um momento,
a diarreia pára, usando em pouco tempo.

E do babão que lhe falo,
que tanta importância tem,
vai a chuva, chega a seca,
e ele firme, sempre verde!
A nós fazendo o bem”.


Uso Medicinal

Uso Principal:

Com o conteúdo da parte interna do tronco, água e uma pitadinha de sal, é feita uma maceração.

Deixar em repouso por 20 a 30 minutos, utilizando-se em seguida para tratamento de diarreias (depoimento de moradores de comunidades).

Outras aplicações

O mandacaru também é usado nas comunidades para combater as febres e resfriados.

Nos mercados públicos são bastantes procurados para emprego de chás com função diuréticas e na eliminação de cálculos renais.

– Quando usado como diurético no tratamento de cistite: 200g dos artículos (caule) para 1000 mL ( = 1 litro) de água.
Como fazer: Faz uma decoção, coa e adoça a gosto.
Tomar 2 a 3 copos ao dia, durante uma semana, no máximo.

– Quando usado em ferimentos: 200 g dos artículos(caule) para 1000 mL ( = 1 litro) de água.
Como fazer: Faz uma infusão, abafa por 15 minutos e lava o ferimento duas vezes ao dia.

fonte: viveravidaeomeioambiente.bogspot.com.br

Uso Normal:

O uso medicinal popular é pouco difundido; diz-se que as raízes e o caule são diuréticos e melhoram males do coração.
Toda a planta é usada no combate ao escorbuto e nas afecções do aparelho respiratório – bronquites, tosse, catarro (Scheinvar, 1985).
As raízes são utilizadas nas doenças respiratórias e renais, e como diuréticas
(Agra et al., 2007 e Agra et al., 2008)

Características:

Arbusto grande do tipo cactácea, ou arvoreta de 3-8 m de altura, suculenta, espinhenta, de caule multiarticulado em ramificações candelabriformis [semelhante a candelabro], nativa de toda catinga do nordeste brasileiro, e do vale do rio São Francisco, onde ocorre em abundância em diferentes tipos de solos bem como de afloramentos rochosos. As folhas são substituídas pelos ramos articulados de cor verde, com espinhos nos vértices, que fazem o papel daquelas. Flores solitárias, grandes, [12-15 cm comprimento], que saem nos vértices dos ramos; de cor branca e amarela, que se abrem a noite. Os frutos são bagas deiscentes carnosas, de 10-12 cm comp.; de superfície glabra e de cor vermelho lilás, contendo muitas sementes pretas dispersas na polpa branca. [Lorenzi].
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O mandacaru (nome científico Cereus jamacaru) é uma cactácea nativa do Brasil, adaptada às condições climáticas do Semiárido. Conhecida também como cardeiro, a planta alcança até seis metros de altura e possui um formato que pode lembrar um candelabro. O mandacaru é importante para a restauração de solos degradados, serve como cerca natural e alimento para os animais. A planta espinhenta sobrevive às secas devido à sua grande capacidade de captação e retenção de água.
Espalhando as sementes, as aves e o vento ajudam no nascimento e crescimento do mandacaru em áreas rurais. Por conta da ausência de folhas, a espécie não faz sombra e os espinhos ajudam na defesa diante de animais herbívoros. Os frutos e a flor do mandacaru servem de alimento para aves e abelhas. A planta é protegida por uma grossa cutícula que bloqueia a excessiva perda de água. As flores são brancas e desabrocham à noite, murchando ao nascer do sol. O fruto tem cor violeta forte e polpa branca com sementes pretas minúsculas, que servem de alimentos para aves da região. É também comestível para humanos.

Mandacaru – fruto (Foto: Rosa Melo)
Mandacaru – fruto (Foto: Rosa Melo)
Após um processo que é iniciado pela retirada do espinho, o mandacaru serve como ração para os animais e é um dos poucos recursos disponíveis em períodos de longa estiagem. O mandacaru é também utilizado como planta ornamental, além de batizar o nome de sítios, povoados, bairros e cidades.
O processo de adaptação do mandacaru ao Semiárido durou milhões de anos. A existência da espécie, porém, está em cheque. As ações humanas, com os desmatamentos, e as doenças são ameaças para a permanência desta cactácea no bioma da Caatinga. A extinção do mandacaru representará uma perda para o ambiente e para a agricultura.
http://www.ecodebate.com.br/2012/10/22/mandacaru-um-remedio-paliativo-artigo-de-juracy-nunes/

Foto: