Língua-de-tucano

Nome cientifico: Eryngium pristis

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Língua-de-araçari; gravatá [não confundir com planta com mesmo nome da família das bromélias]


Dados para Cultivo

Propagação: planta nativa

Espaçamento: planta nativa

Época de Plantio: planta nativa

Época Colheita: folhas e caules: período vegetativo (primavera, verão, outono (parte)


Uso Medicinal

Uso Principal:

Projeto: Investigação do potencial antibacteriano do extrato etanólico e das frações obtidas das folhas de Eryngium pristis (Apiaceae)
Autores: Laura Silva Fernandes (BIC/UFJF); Dionnata Martins Pedrosa
(BIC/UFJF); Carolina Feres Netto (COLABORADOR); Pâmela das Graças
Xavier dos Santos (COLABORADOR); Bruna Celeida Silva Santos
(COLABORADOR); Vanessa dos Santos Temponi (COLABORADOR); Carolina
Miranda Gasparetto (COLABORADOR); Glauciemar Del-Vechio Vieira
(COLABORADOR); Orlando Vieira de Sousa (COLABORADOR); Maria Silvana
Alves (ORIENTADOR)
Resumo: Eryngium pristis Cham. & Schldt (Apiaceae), conhecido como gravatá ou língua-de-tucano, é um arbusto tradicionalmente usado no tratamento de aftas, infecções e úlceras de garganta e boca, como anti-inflamatório, diurético, hipoglicemiante e emenagogo
. O objetivo do presente estudo foi investigar o potencial antibacteriano do extrato etanólico e das frações obtidas das folhas de E. pristis, com o intuito de fornecer subsídios científicos para o uso tradicional empírico dessa planta e de pesquisar novas substâncias antibacterianas. O material vegetal foi coletado em São João del Rei, Minas Gerais, em janeiro de 2012, e uma exsicata encontra-se depositada no Museu Nacional do Rio de Janeiro, Herbário (R) (nº 207576). Folhas secas
e pulverizadas foram submetidas à extração por maceração estática em etanol P.A., obtendo-se o extrato etanólico (EE). O EE foi submetido à Partição líquido/líquido, fornecendo as frações hexônica (FH), diclorometânica (FD), em acetato de etila (FA) e butanólica (FB). O potencial antibacteriano do Extrato etanólico e das frações de E. pristis foi investigado por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima 100% (CIM100), utilizando o método de micro diluição em caldo , seguido pela determinação da Concentração Bactericida Mínima (CBM)3
e do efeito farmacológico bactericida ou bacteriostático frente as cepas Escherichia coli ATCC® 10536™, Pseudomonas aeruginosa ATCC®
27853™, Salmonella typhimurium ATCC®
13311™ e Staphylococcus aureus ATCC®
29213™. EE, FH e FA foram ativas frente à S.
aureus ATCC® 29213™, com valores de CIM100 iguais a 2250, 2250 e 5000 µg/mL, respectivamente. Quanto ao efeito farmacológico, EE revelou-se
bactericida, enquanto FH e FA mostraram-se bacteriostáticas. FH e FD foram
ativas frente à E. coli ATCC® 10536™, com valores de CIM100 iguais a 2250 µg/mL e efeito farmacológico tipo bacteriostático. EE e frações demonstraram
valores de CIM100  5000 µg/mL frente à P. aeruginosa ATCC® 27853™. Finalmente, FH e FD foram ativas frente à S. typhimurium ATCC® 13311™ com
valores de CIM100 iguais a 5000 µg/mL. Os resultados indicam que E. pristis é  uma fonte de substâncias bioativas com propriedades antibacterianas e que
pode representar uma alternativa terapêutica eficaz.
Agradecimentos: UFJF, FAPEMIG, CAPES e CNPq.

Uso Normal:

Folhas e/ou caules, uso interno, decoto, dose normal: afecções urinárias, oligúria, anúria, disúria. Uso externo, decoto, bochechos e gargarejos: aftas, amigdalites, estomatites, gengivites.

Características:

Planta nativa do Brasil. Ocorrência geográfica: No Rio Grande do Sul ocorre em quase todos os campos do Estado, exceto nos Campos de Cima da Serra e Campanha, habitando campos secos (Irgang 1973). Encontrado no meio-oeste de Goiás. http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/index.php?pag=buscar_mini.php&especie=2309

Foto:

Foto 2: