Jurubeba

Nome cientifico: Solanum paniculatum L. Solanum fastigiatum

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Jurubeba-verdadeira, jurubeba-branca, jurubebinha, jupeba, jurupeba-verdadeira, juvena, jujuna, juribeba, caapeba, joa-tica, juripeba, jurupeba-do-pará, jurupeba-mansa, jurubeba-roxa, jurubebinha, jurubena, jurumbeba,

Composição Química:

Jurubidina (aminoalcalóide esterroidal concentrado no fruto verde), resinas, mucilagens e ácidos orgânicos, , esteróides vegetais, saponinas, glicosídeos, alcalóides, sollanidine, solasodine.

– Solanum paniculatumConstituintes químicosAlcalóides (solamina, solanidina, solasodina), esteróides nitrogenados, saponinas, esteroidais nitrogenados (paniculina, jurubina), agliconas (isojurubibina, isopaniculidina, isojurupidina e jurubidina), ácidos graxos, ácidos orgânicos, glicosídeos (paniculoninas A e B), mucilagens, resinas (juribina e jurubepina), princípios amargos


Dados para Cultivo

Propagação: planta expontânea, semente

Espaçamento: planta expontânea

Época de Plantio: planta expontânea

Época Colheita: raiz, folhas: ano todo; frutos maduros: época varia com o local (maduros e secos)


Informações Gerais

Contra Indicações:

A ingestão de partes da planta tem causado patologias em bovinos. A ocorrência maior tem sido em épocas de carência de forragem e os animais precisam ingerir a planta por um período prolongado. Estudos feitos na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (1985 e 1987) indicam que a sintomatologia é relacionada com disfunção cerebelar, com crises periódicas do tipo de epilepsia, que duram de alguns segundos a um minuto e são desencadeadas geralmente quando os animais são movimentados ou excitados. Há perda de equilíbrio e quedas, ficando os animais em decúbito dorsal ou lateral, com tremores musculares. Após as crises, os animais aparentam normalidade, mas alguns estendem o pescoço numa atitude de “olhar estrelas” e buscam maior apoio com extensão dos membros anteriores. Em geral não ocorre mortalidade diretamente relacionada com o problema, mas com as quedas podem haver fraturas. A patologia se torna crônica e a regressão clínica é rara. A utilização de frutos verdes de espécies de Solanum como a jurubeba, joa, mata-cavalo e peloteira, compreendendo cada um desses nomes populares de diversas espécies botânicas, deve ser evitada, pois é comum a acumulação de glicoalcalóides capazes de provocar vômitos, diarreia, dores de estômago e cabeça. fonte: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp?f_cod=182

Valor Alimenticio:

É bastante conhecido um “vinho de jurubeba ferruginoso” para anemias e fortalecimento.


Preparo e Conservação

Extrato Peso/Volume: 15


Uso Medicinal

Uso Principal:

Uso interno, infusão ou decoto à 15% dos frutos, secos e moídos, dose normal: única planta que atua ao mesmo tempo nas afecções do: estômago, fígado, intestino, pâncreas, vesícula biliar, enfim em todo aparelho digestivo. Descongestionante do fígado: macerar por 10 dias, 30 frutos verdes e 2 pauzinhos de canela em 1 litro de vinho branco, filtrar e tomar 1 cálice antes das refeições.

Jurubeba .Propriedades medicinais Aperiente, anti-inflamatória, carminativa, cicatrizante, colagogo, depurativo do sangue, descongestionante, desobstruente do fígado e do baço, digestiva, diurética, emenagogo, estimulante, estomáquica, febrióloga, hepatoprotetora, hepato tônico, laxante, tônica.Raízes e frutos são antidiabéticos, aperientes, desobstruentes, colagogos, antianêmicos, diuréticos, febrífugos, anti-hidrópicos, antidispépticos, amargos e tônicos.Indicações populares Abcessos internos, acidez da secreção gástrica, anemia ferropriva, anorexia, atonia gástrica, azia, bronquite, catarro na bexiga, cicatrização de mucosa, cistite, contusão, debilidade, diabete, dispepsia, ingurgitamento do fígado e do baço, estômago, erisipela, febre intermitente, feridas, gastrite e úlcera péptica, gripe, hepatite, hepatoesplenomegalia, hepatopatia crônica, icterícia, impaludismo

Uso Normal:

Como cicatrizante: ferver 1 colher de sopa de folhas bem picadas em 1 copo de água até reduzir à metade o volume, coar, juntar um copo de mel, misturar bem, aplicar nos locais afetados. Contra anemia e abrir o apetite: macerar por 10 dias numa panela de ferro bem tampada, 1 xícara de chá de raiz bem picada e 1 colher de sopa de casca de laranja amarga em 1 litro de vinho branco: tomar 1 ou 2 cálices ao dia, 15 minutos antes das refeições

Características:

Originária das Guianas até o sudoeste, mas muito bem adaptada em todo Brasil, tornando-se em algumas regiões planta espontânea nas pastagens. Quando adulta é um pequeno arbusto dioico, com espinhos no caule e ramos, nervura mediana das folhas muito saliente, com folhas simples, com formato lembrando um coração, pecíolos com espinhos, inflorescência em panícula terminal, flores com cor lilás, fruto do tipo baga esférica, esverdeada tendendo a amarelo, em cachos presos em pedúnculos bem longos, tendo numerosas sementes.

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