Guaco

Nome cientifico: Mikania glomerata, Mikania guaco Spreng. e Mikania laevigata

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Uaco, erva-de-cobra, cipó-caatinga, cipó-sucuriju, erva-de-sapo, coração-de-jesus, erva-das-serpentes, erva-cobre, guaco-trepador, guaco-liso, cipó-suciriju, guape, erva-de-cobra, erva-de-cheiro.

Composição Química:

Óleo essencial, resina, tanino, saponina e guacosídio. Heterósida, glucosídeo, guacina (amarga), cumarina.


Dados para Cultivo

Propagação: estacas de caule enraizadas em substrato de casca de arroz carbonizada

Espaçamento: parreiras para tutorar crescimento:com 2 m entre as plantas

Época de Plantio: planta nativa; com irrigação: ano todo

Época Colheita: folhas nas parreiras: ano todo[melhor em plantas floridas]; comercial: cerca de 4 cortes/ano deixando 30% das folhas par


Informações Gerais

Contra Indicações:

Não é indicado para crianças menores que 1 ano de idade, e para mulheres em época de menstruação, por aumentar o fluxo sanguíneo, assim como gestantes. Em crianças usar metade da doses dos adultos. Pacientes com problemas hepáticos e diabéticos devem tomar cuidado, pois o uso prolongado pode provocar toxidade. As cumarinas podem provocar hemorragias em doses prolongadas.
(Dr. Ferro).

Observações:

Os índios brasileiros afirmam que seu aroma afasta cobras dos lugares que são mantidas com folhas frescas e novas.


Preparo e Conservação

Extrato Peso/Volume: 10


Uso Medicinal

Uso Principal:

www.colegiosaofrancisco.com.br:
O Guaco, um tipo de cipó-trepadeira encontrado na Mata Atlântica usado há muitos anos na medicina popular para resolver problemas respiratórios, acabou de ter sua capacidade de cura testada e comprovada por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O estudo, feito pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da universidade, constatou o efeito da erva no combate ao câncer, úlcera, infecção por microorganismos, além da prevenção da cárie.
As experiências in vitro do Guaco contra a placa dental bacteriana e desenvolvimento da cárie duraram dezoito meses. A ação terapêutica foi eficiente no combate ao estreptococos do grupo mutans, responsáveis pela placa. Os resultados demonstraram que o efeito foi conseguido com pouca quantidade de erva o que significaria o desenvolvimento de um medicamento mais barato. Já os efeitos contra a úlcera começaram a ser descobertos em 1998, da parceria entre Vera Lúcia Garcia, coordenadora das pesquisas, e João Ernesto de Carvalho, coordenador de Farmacologia e toxicologia do CPQBA da Unicamp.
Os testes feitos em ratos demonstraram que uma das substâncias presentes no Guaco, a cumarina, e outros extratos da erva inibem a secreção de ácido pelo estômago. Essa diminuição ocorre com o bloqueio dos receptores do neurotransmissor acetilcolina.
“Uma das descobertas aponta que o guaco é muito mais eficiente no combate à úlcera gástrica do que inúmeras outras plantas utilizadas regularmente na composição de medicamentos para a doença”, conta Vera. Isso porque os extratos e a cumarina presentes na planta bloqueiam os receptores do neurotransmissor acetilcolina, diminuindo a secreção de ácido produzida pelo estômago. O mecanismo de ação é semelhante ao que ocorre no sistema respiratório – o bloqueio aos mesmos receptores provoca a broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica. Neste caso, a espécie utilizada é a Mikania laevigata.
“Existem dois tipos de guacos que, apesar de serem fisicamente muito parecidos, possuem composições químicas bastante diferentes”, explica a pesquisadora. No caso de uma droga contra a úlcera, a pesquisadora diz que o caminho pode ser mais curto, uma vez que os testes em animais já foram concluídos. “Faltam apenas os experimentos em seres humanos. Para isso, estamos buscando parcerias com indústrias que tenham interesse em colocar o produto no mercado.”
No sistema respiratório também ocorre o bloqueio desses receptores possibilitando uma broncodilatação e a diminuição da secreção brônquica- isso já descoberto pela medicina popular e agora provado cientificamente. Além da cumarina, estão sendo testados outros princípios ativos do Guaco, como os ácidos diterpêndicos.
Nota: ver dados de preparo e dose de uso, abaixo, em USO NORMAL.

Uso Normal:

Uso interno, infusão, ferver 5 minutos, 2 folhas em 0,5 xícara de chá, coar e misturar 2 colheres de sopa de açúcar mascavo e o suco de 1 limão, dose 1 colher de sopa, 3 vezes ao dia: reumatismo, infecções intestinais e para cicatrizar ferimentos. Decocto usado para gargarejos, nas anginas e inflações da garganta. Como loção tem propriedades contra eczemas pruriginoso e como tintura usa-se nas dores reumáticas. Dose normal: 5 gramas (1colher de chá) de folhas secas e moídas em meio litro de água mineral (sem cloro) fervente; fechar a fervura, abafar, esperar amornar e coar. Tomar como chá comum (1 xícara de chá, adoçado ou não), 3 vezes ao dia. Xarope: ferver água e açúcar em ponto de calda. Juntar um chá bem forte de Guaco e misturar até incorporar bem. Para aliviar tosse, recomenda-se uma colher de sopa, 3 vezes ao dia.

fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br:

Uso Normal:

Uso interno, infusão, 3 folhas frescas de Guaco e 5 cm de raiz de Confrei picadas em 1 copo de água, macerar por 6 horas, ferver 5 minutos, coar e juntar 3 colheres de sopa de açúcar e o suco de 1 limão, tomar 1 colher de sopa, 3 vezes ao dia: específica no tratamento da bronquite, tosse, rouquidão (ver uso principal). Como cicatrizante: ferver algumas folhas de Guaco com um pouco de água, juntando uma pequena quantidade de raiz de Confrei e um pouco de raiz de romã.

www.colegiosaofrancisco.com.br:

Características:

O guaco é uma planta que se desenvolve como um arbusto lenhoso e cheio de ramos; mas cresce como uma trepadeira, e não tem garras para se prender, precisando de um arrimo. Folhas opostas, simples, ovais, acuminadas, verde escuras na face principal e mais claras na reversa. Folhas novas apresentam cor verde limão.Secas cheiram a amêndoa. A floração em forma de pequenos capítulos longipedunculados., de cor branca.Originário da América do Sul, já utilizado pelos índios como contraveneno para serpentes. Vegeta nas regiões sul e sudeste do Brasil, nas matas e cerrados, mas serve bem para o cultivo doméstico.
[fonte:www.cotiaanet.com.br]

Foto:

Foto 2:

Foto 3: