Caapí , Ayahuasca (Sto Daime)

Nome cientifico: Banisteriopsis caapi C.V. Morton

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Yagê, ayahuasca, jagube, cipó mariri, mão-de-onça, tiwaco-mariri

Composição Química:

Harmina (alcalóide beta-carboliínico), harmalina[telepatina] e tetrahidro-harmina, (inibidores da MAO, monoaminooxidase), misturadas com extrato de chacrona (N,N,-dimetiltriptamina), formando a bebida ritualística usada para curas. É planta nativa


Dados para Cultivo

Propagação: sementes - planta nativa

Espaçamento: planta nativa

Época de Plantio: planta nativa

Época Colheita: extrato de ramos de caapí- ano todo


Informações Gerais

Contra Indicações:

Planta usada nos rituais indígenas para promover alucinações e entrar em transe. Usa-la com conhecimento de causa.
Contudo o WIKIPEDIA INFORMA: O chá Hoasca é comprovadamente inofensivo a saúde. E seu uso religioso é legalizado em todo território brasileiro e em mais alguns países, como Estados Unidos e Espanha.

www.adroga.casadia.org:Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Médicas, Curso de Ciências Farmacêuticas, Puccamp. Os efeitos iniciais são caracterizados por vertigens, náuseas, vômitos intensos, diarreias, palpitação, taquicardia, tremores, midríase, euforia e excitação agressiva. Dentre os principais efeitos alucinógenos, temos as alucinações visuais de animais, a comunicação com divindades ou demônios, o voo pelos ares a lugares distantes, dentre outros. É devido a esses efeitos que a mistura foi e continua sendo utilizada com finalidade mística e ritual.


Uso Medicinal

Uso Principal:

www.adroga.casadia.org. Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Médicas, Curso de Ciências Farmacêuticas, Puccamp.

Atualmente, um crescente interesse nas práticas rituais indígenas, as quais se utilizavam de plantas com o intuito de se comunicarem com o mundo espiritual, tem sido observado. No Brasil, as seitas religiosas União do Vegetal (UDV) e Santo Daime fazem utilização de uma “beberagem” (chá) desta planta, fundamentadas em tradições indígenas. Segundo seus princípios filosóficos, a UDV tem como instrumento de transmissão aos homens “uma prática ordenada pela força superior no sentido de ensiná-los a se conduzir sobre a terra”. Nestes ensinamentos, a luz ao espírito humano vem pelo efeito da ingestão do chá.
Banisteriopsis caapi _ cipó gigante utilizado na preparação do chá, que contém substâncias alucinógenas.
Psychotria viridis _ planta da família Rubiaceae utilizada na preparação do chá.
O chá é feito de uma preparação de Banisteriopsis caapi, geralmente associado à Psycotria viridis. O B. caapi apresenta alcalóides betacarbolinas que são potentes inibidores da enzima monoaminoxidase (MAO). Dentre estes, os de maior concentração são: a harmina (também conhecida como telepatina), a harmalina e a tetra-hidro-harmina, enquanto na planta P. viridis temos derivados indólicos, principalmente o DMT (N,N-dimetiltriptamina), que age sobre os receptores da serotonina2,3,10.
A mistura das duas plantas potencializa a ação das substâncias ativas, pois o DMT é oxidado pela MAO, a qual está inibida pela harmina, acarretando um aumento nos níveis de serotonina, o que causa impulsão motora para o sistema límbico no sentido de aumentar a sensação de bem-estar do indivíduo, criando condições de felicidade, contentamento, bom apetite, impulso sexual, equilíbrio psicomotor e alucinações.
Mecanismo de ação: A DMT é um potente alucinógeno, porém é inativada quando administrada por via oral, provavelmente devido à desaminação pela monoaminoxidase (MAO) intestinal e hepática. Sua ação ocorre sobre o receptor 5 HT1a e é antagonista do 5 HT2.

As beta-carbolinas possuem alta atividade como inibidoras da MAO (ação reversível) e são provavelmente alucinógenas10. No entanto, este mecanismo de ação não está totalmente esclarecido, pois existem poucos estudos sobre suas propriedades psicotomiméticas10. A harmalina possui efeitos de vasoconstrição, provavelmente por interagir com sítios de sódio na ATPase (Na/K)10.

A união dessas substâncias causa potencialização das propriedades alucinógenas, pois além da inibição da MAO pelas beta-carbonilas e conseqüente aumento de catecolamina, serotonina e norepinefrina, ocorre aumento da concentração de DMT que interage com os receptores desses neurotransmissores, aumentando as alterações psicotomiméticas2,9.

Uso Normal:

Seu uso pelos nativos assume papel ritualístico, no qual seu uso misturado com outra planta permite um estado de alucinação que promove curas de diversas doenças (pois acreditam que nesta hora conseguem comunicação com espíritos que promovem a curas dos males). Os dados ainda são confusos e não permitem seu uso seguro, mas já são copiados por grupos tipo “Santo-Daime” nos seus rituais. A bebida usada para tanto é denominada yagê (ayahuasca) preparada com extrato dos ramos da caapí, misturada com extratos de folhas de Psychortria viride (a chacrona).

Uso Normal:

Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Médicas, Curso de Ciências Farmacêuticas, Puccamp. No Brasil, as seitas religiosas União do Vegetal (UDV) e Santo Daime, freqüentemente, fazem uso de um chá, preparado a partir das plantas Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis, que contém potentes alucinógenos em sua composição, como a harmina, a harmalina, a tetra-hidro-harmalina e a N,N-dimetiltriptamina (DMT). Verifica-se, no depoimento de usuários, que geralmente os efeitos tóxicos decorrentes do uso desse chá são subestimados e atribuídos ao processo de purificação da alma, pregado pela seita. Porém, em virtude da finalidade de uso estar se modificando, é importante ressaltar que a avaliação do potencial tóxico dessas substâncias ainda não está totalmente esclarecida e merece maior atenção, principalmente por parte dos profissionais da área da saúde.

Características:

Nativa da Amazônia, e usada de há muito tempo em rituais religiosos para provocar o transe e alucinações, que são encarados como uma forma de comunicação dos deuses para efeito de cura de doenças e problemas diversos. Seu uso agora esta sendo copiado por grupos tipo “Santo Daime”, nas suas atividades ritualísticas. É considerada como uma forma de promover um contato espiritual com as divindades a assim exercer seu importante poder curativo. É uma trepadeira lenhosa, robusta, com hastes tortas e grossas, com folhas simples pecioladas, glabras, flores de cor rósea, dispostas em inflorescências paniculares axilares, com fruto do tipo sâmara, bialado, de cor de palha quando maduros.

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