Bardana; orelha de gigante

Nome cientifico: Arctium lappa, Lappa officinalis, Arctium minus, Bernh.

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Bardana-maior, gobô, orelha-gigante, erva-dos-tinhosos, pegamassa, pergamasso, pega-nossa, orelha-de-gigante, carrapicho-grande, carrapicho-de-carneiro, labaça, pega-pega, carrapichão, gobô.
www.plantamed.com.br: Sinônimos botânicos: Arctium chaorum Klok., Arctium lappa subsp. Majus Arènes, Arctium leiospermum Juz. Et al., Arctium majus (Gaertn.) Bernh., Lappa major Gaertn., Lappa vulgaris Hill.

Outros nomes populares: baldrana, bardana-maior, carrapicho-de-carneiro, carrapicho-grande, erva-dos-pega-massos, erva-dos-tinhosos, gobô, labaca, lapa, orelha-de-gigante, pega-nossa, pegamassa, pegamasso, pegamoço, pejamaço, perga-masso; arctii lappae (latim); burdock (inglês); bardana (espanhol); bardane (francês); bardana maggiore, lapp bardana e lappola (italiano); große klette (alemão).

Composição Química:

Açúcares, mucilagem, tanino, glicosídeo, lapatina, filoquinona, ácido clorogânico, sais de potássio, cálcio e magnésio, vitaminas do grupo B e arctiopicrina (antibiótico produzido pelas folhas). As raízes podem conter até 46% de inulina. Óleo essencial, sais minerais (carbetos e nitrato de potássio, sais de cálcio, ferro, magnésio e sódio). Matérias graxas, resina, goma, composto antibiótico (semelhante à penicilina).
www.plantamed.com.br: Constituintes químicos: acetado de diidroquinona; ácido caféico, ácido clorogênico, ácidos orgânicos; ácidos graxos; ácido acético, ácido tânico, antibiótico (semelhante à penicilina); arctuvina, narcotina, artético; actoprotina, nitrobenzaldeído, carbonato de potássio; ?-esmolol; fenil-acetaldeído, fitosteróis (sitosterol e estigmasterol); fanquinona; inulina; lapina; lanolina; mucilagens; nitrato de potássio; palmitato de diidroquinona; ergosterina, polifenóis; resina; sais minerais; taraxasterol;
– raiz: proteínas, glicídios, fibras, cálcio, fósforo, ferro, vitamina A, B1, riboflavina, niacina e vitamina C.


Dados para Cultivo

Propagação: semente

Espaçamento: 1,2x1,2 m para produção de raizes

Época de Plantio: out-inver (com irrigação em regiões quentes e poucas chuvas)

Época Colheita: raiz com cerca de um ano após plantio; folhas antes florescimento e toda vez que atingirem um porte grande ["orelha-de-elefante"]


Informações Gerais

Contra Indicações:

Em altas doses pode provocar midríase, boca seca, e não deve ser usado por crianças pequenas, menores de 5 anos, exceto se diluído. (Dr. Ferro).
Além do potencial abortivo, alguns chás devem ser evitados nos primeiros meses de gravidez porque podem causar malformação do bebê. É o caso do hortelã-pimenta, da bardana e da quina verdadeira. ”Seu princípio ativo atravessa a barreira placentária e pode causar problemas no feto como retardo mental e encurtamento dos membros”, adverte o obstetra Márcio Coslovsky, diretor do Centro de Reprodução Humana Hungtiton da Clínica São Vicente.
Botsaris: altas doses provocam convulsões, hiperpneia, podendo chegar a parada respiratória.
www.plantamed.com.br: Efeitos colaterais: pode causar irritação dérmica e ocular; convulsões, parada respiratória.

Valor Alimenticio:

É muito usada na cozinha japonesa, pois tem gosto semelhante da chicória; a raiz ralada, é consumida crua ou cozida.

plantamed: – raízes cozidas, em ensopados e feijões;
– folhas cozidas como verdura.

Observações:

conservar o material seco com Umidade Relativa (%)  menor que 11% em lugar seco, escuro e ventilado.


Uso Medicinal

Uso Principal:

Uso interno, decocto de 20% de material seco por litro (raízes e folhas sendo as mais ricas as raízes), a, depurativa, diurética leve, emoliente, estimulante do couro cabeludo, fungicida, hipoglicemiante, lenitivo, purificante, sudorífica, tônica.

Indicações: abscessos, acalmar a dor e a tumefação produzidas por picadas de insetos, acne, eczema, afecção M POSITIVAS (como estafilococos e estreptococos), bronquite crônica, no trato genital, anemia, artrite, aumenta a secreção biliar e hepática, bactérias GRAM POSITIVA; cálculos urinários, caspa, catarro do estomago, catarro do intestino, cicatrização de feridas e ulcerações, cólica nevrálgica, cólicas biliares, comichão, constipação intestinal, dermatites descamantes; dermatose purulentas, dermatite seborreica, diabetes (auxiliar), doenças crônicas da pele, doenças infecciosas, eczemas, enfermidades cardíacas, enfermidades do fígado; escabiose, escorbuto, feridas, fortificante, furunculoses, gastrite, gota úrica (auxiliar), hemorroidas, herpes simples, hidropisia, infestações aquênicas, lepra, micose nas unhas, prisão de ventre, psoríase, queda de cabelo, restaurar o tônus da pele, reumatismo (auxiliar), seborreia, sífilis, torções, tumores, ulcerações na pele.

Parte utilizada: raiz de 1 ano (com a casca), folhas frescas e/ou secas, sementes, flores secas.

Uso Normal:

Uso interno, (raízes e folhas sendo as mais ricas as raízes), em decoção de 20% p/v, maceração: afecções dos rins, febres, reumatismo, osteoporose, úlceras externas, depurativo (furunculose, abcesso); tumores externos com pus; diurético (eliminador de ácido úrico); aumenta o fluxo biliar; laxativo. Uso externo, decoto de 20%, aplicar com algodão: dermatoses úmidas e purulentas; eczema; pruridos; seborreia da face ou do couro cabeludo, alergias. Auxiliar no tratamento da diabete: decoto de 1 colher de chá da raiz para cada xícara de chá de água. Tomar 1 xícara, 3 vezes ao dia, fora dos horários das refeições. Depurativa, diurética, diaforética, cicatrizante, anti-inflamatório, bactericida, fungicida, estimulante do couro cabeludo, nas dermatites descamantes, queda de cabelos, micoses e frieiras, uso externo (como cataplasma de folhas frescas aplicadas diretamente sobre a pele), sudorífera, emoliente, calmante, purificante do sangue, anti-séptica, anti-seborreico, adstringente. É utilizada para acalmar a dor e a tumefação produzidas por picadas de insetos como a aranha. Decoção: 10 g de raiz para 1 litro de água, tomar 3 xícaras por dia, adoçado com mel, depois de esfriar. Cataplasma: raiz frescas (uso externo). Compressa: fazer decoção com 20 g de raízes frescas em 1 litro de água, aplicar 4 vezes ao dia nas partes afetadas. Infusão: 1 colher de sopa de folhas e flores secas e moídas em 1 litro de água. Tomar 4 xícaras ao dia. Xampus e tônicos capilares, cremes e loções para peles oleosas com cravos e espinhas: 1-3% de extrato glicólico ou decocto.

– extrato fluído em álcool 25%: 2 a 8 ml;
– tintura 1:10 em álcool 45%: 8 a 12 ml três vezes ao dia;
– decoção de 10 g a 40 g de raiz para 1 litro d’água tomar 2 a 3 xícaras por dia, adoçando com mel, depois de esfriar: depurativo, afecções gástricas e hepáticas, diurética, gota, reumatismo, artrite, sífilis, lepra, doenças infecciosas, diabetes;
– infusão de uma colher das de sopa de folhas e flores secas picadas em um litro de água. Tomar 3 a 4 xícaras das de chá ao dia;
– infusão de 2 a 6 g de raízes secas com casca: tomar três vezes ao dia;
– infusão de 30 g de raiz de Bardana, com casca em três xícaras de água fervente. Deixar por 30 minutos, coar e beber em duas vezes durante o dia: diurético;
– infusão de uma colher das de sopa da mistura das seguintes ervas: 60 g de raiz de Bardana, 25 g de alcaçuz, 50 g de dente-de-leão, 40 g de gramínea e 20 g de raiz de chicória, previamente cortadas, em um xícara de água fervente. Beber pela manhã, em jejum, sem adoçar: depurativo;
– infusão de 4 a 6 g das sementes. Tomar 3 vezes ao dia;
Uso externo:
– tintura: compressas locais;
– cataplasma: raiz fresca (uso externo);
– compressa: fazer decoção com 20 g de raízes frescas em 1 litro d’água, aplicar 3 a 4 vezes ao dia nas partes afetadas;
– decoto ou extrato glicólico a 3% em xampus, tônicos capilares, cremes e loções para peles oleosas com cravos e espinhas;
– cataplasma feito com decoto das raízes: aplicar sobre o local afetado: úlceras e chagas;
– cataplasma feito com uma folha fresca de bardana esmagada, depois de lavada e enxuta: furúnculos, abscessos, enfermidades da pele, herpes, seborreias, eczemas úlceras, chagas.

Uso Normal:

Macerado da raiz em álcool de cereais (2 colheres de sopa com 1 xícara de chá) como depurativo, diurético, antidiabético. Em decoção junto com folha de alcachofra para insuficiência hepática (vesícula inflamada, cálculo biliar, hepatite viral e cirrose). Juntamente com: Melissa, carqueja, Sete-sangrias, Congonha-de-bugre, atua nos problemas da circulação. Juntamente com Paratudo, goiabeira, funcho, atuam na colite e colite ulcerativa.
No tratamrento da eczema combina-se a bardana com :dente-de-leão; paciencia; cabaça-crespa

Características:

Planta herbácea, podendo atingir quando com inflorescências até 2,0 m altura. Bienal, ramos abundantes, folhas inferiores cordiformes (formato de coração) e superiores ovais. Flores azuladas ou arroxeadas, em capítulo. Frutos com formato globoso tipo aquênio e espinhoso quando secos. Originária da Europa, e encontrada até 1800 m de altitude; no Brasil existe além desta variedade, a Arctium minus, de menor porte, chamada bardana comum, com as mesmas propriedades, floresce no verão, Prefere temperaturas médias anuais de 16 a 22 graus, mas pode ser cultivada em todo o país. Necessita períodos frios para florescer, ou outra forma de estresse. Solos bem profundos, arenosos, férteis e com boa drenagem.

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