Alho

Nome cientifico: Allium sativum, L.

Sinonímia (NO BRASIL, PELAS DIMENÇÕES TERRITORIAIS DO NOSSO PAIS, É NORMAL A REPETIÇÃO DE NOMES COMUNS DE PLANTAS TOTALMENTE DIFERENTES EM DIFERENTES PARTES DO PAIS): Alho-manso, alho-hortense, alho-comum, Ajo (Espanha), Aglio (Italia); Ail (França) Garlic (Inglaterra), alho-bavo, alho-ordinário, alho-do-reino.

Composição Química:

Óleo essencial; compostos sulfurados (alicina e aliina); sais minerais; vitaminas A, B e C, inulina, nicotinamida, galantamina, ácidos fosfórico e sulfúrico, proteinas, ajoeno, aliina.
Botsaris: alicina, citral, geraniol, linalol, felandreno.


Dados para Cultivo

Propagação: Pulbilhos ou "dentes"

Espaçamento: 25-30 cm x 10 cm (comercial).

Época de Plantio: 2a quinz. Fev a 1a quinz. Abril (não vernalizados).

Época Colheita: Bulbos após maduros, jul-nov, 6 meses após plantio.


Informações Gerais

Contra Indicações:

Para pessoas com hipotensão (pressão baixa); em doses elevadas pode provocar vômitos, tontura, diarreia, cólica intestinal, cefaleia, gastralgia. As lactantes não devem consumi-lo muito, para evitar cólicas nos bebes. Deve ser evitado por pessoas com problemas de estômago. Os comprimidos de alho podem potencializar o efeito da aspirina e de outros anticoagulantes e podem resultar em problemas sérios de hemorragia. Pode provocar irritação gástrica em altas doses, halitose, alergias,  (Dr. Ferro).

Botsaris: em uso externo, evitar contato com sol, usar por pouco tempo.

  • Alho – não deve ser utilizado em doses altas em casos de hemorragias, qualquer que seja a sua origem (mesmo traumática). Também não se recomenda o uso continuado de grandes doses durante a gravidez.

 

Valor Alimenticio:

Na antiguidade era usado como recurso terapêutico visando a vitalidade e saúde, sendo uma das primeiras plantas cultivadas pelo homem para seu consumo, principalmente na forma de temperos.

www.saudenarede.com.br: O que mais se destaca na composição nutricional do alho, são os altos teores dos elementos zinco e selênio, ambos metais antioxidantes. No organismo humano, estes nutrientes estão envolvidos tanto direta como indiretamente no funcionamento do sistema imunológico.
Diversos são os estudos que têm identificado baixos níveis sanguíneos tanto de selênio como de zinco, em pacientes portadores de patologias como a AIDS, onde o sistema imunológico encontra-se gravemente debilitado. A prescrição dietoterápica atualmente feita para tais pacientes preconiza o consumo de alho, entre outras coisas. Há estudos que apontam para uma atividade anti-viral do alho. Neste sentido, seu consumo também é indicado para casos de resfriado, gripe e nas viroses em geral.
A propriedade imuno estridulatória do alho está, também, relacionada à presença de substâncias encontradas no seu extrato (dialil trisulfito e dialil sulfito) que estimulam a imunidade de uma maneira geral (estimula a proliferação de células T e de citocinas produzidas por macrófagos).
Neste sentido, estudos têm demonstrado que o alho atua estimulando tanto a imunidade humoral como a celular.
Outro efeito nutracêutico notável do alho esta relacionado aos benefícios cardiovasculares que ele proporciona. O consumo regular de alho reduz o nível do colesterol sérico total, evita a agregação plaquetária e também possui atividade antioxidante, prevenindo aterosclerose e doenças cardiovasculares. Estudo canadense efetuado com homens moderadamente hipercolesterolêmicos (32 a 68 anos) mostrou que o consumo de 7,2g/dia de extrato de alho durante meio ano reduz em 5,5% a pressão arterial sistólica, em 7,0% o colesterol sérico total e em 4,6% o colesterol de baixa densidade (LDL).
A atividade hipocolesterolêmica do alho se deve à inibição de diversos passos enzimáticos da síntese hepática do colesterol e a um acréscimo na excreção de ácido biliar e de esteróis. Os componentes do alho alicina,  alinina e S-alil sulfato exibem propriedades que inibem a agregação plaquetária. O efeito em rede de tais propriedades resulta na prevenção da aterosclerose e das doenças cardiovasculares.
Na prevenção de doenças, o alho também tem merecido destaque.
Recentemente, um estudo epidemiológico efetuado em duas regiões distintas da China, uma que emprega o alho na culinária e outra que não o utiliza, mostrou que a região que usa regularmente o alho tem menores índices de morbidade e de mortalidade em relação a região que não utiliza o alho na alimentação.
Se não bastasse todos os benefícios à saúde aqui descritos, o alho ainda possui propriedades hipoglicemiantes. O extrato de alho mediante seu componente sulfóxido S-alilciteína, reduziu significantemente a glicose sanguínea. O mecanismo provável desta atuação se deve, ao menos em parte, ao estímulo à secreção de insulina pelas células ß do pâncreas.

Observações:

Tem ação inseticida e bacteriana, sendo um poderoso desinfetante e anti-séptico.


Preparo e Conservação

Forma Conservação: -material vegetal seco, em lugar de baixa umidade e temperatura.

Forma Preparo: Os princípios ativos medicinais do alho sofrem uma forte decomposição quando submetidos ao calor (daí o cheiro forte quando usado na cozinha), assim, quando mais cru for seu uso melhor seu efeito medicinal.


Uso Medicinal

Uso Principal:

Uso interno, tisana: hipertensão arterial; dilatador das artérias e capilares; formigamento das partes terminais: (tintura: moer 1 xícara de alho , colocar em 5 xícaras de álcool especial para bebidas alcoólicas – ou de cereais – por 10 dias e coar; usar 1 colher de chá em meio copo de água , 3 vezes ao dia) ou comer 2 dentes crus pela manhã); (tomar 3 ou 4 cápsulas de óleo [produção farmacêutica] de alho ao dia); ação anti-fúngica importante.
Ótimo para gripe (ver uso associado); tosses; afecções pulmonares; resfriados: triturar 3 dentes em 1 xícara de café de água sem cloro; deixar em maceração por 1 noite; juntar 1 xícara de chá de álcool de cereais; coar espremendo o resíduo; tomar 15 gotas em 1 copo de água 2 vezes ao dia. Atenção >>para não aumentar a dose (ver contra-indicação).
Uso externo: dor de ouvido (amassar um dente em uma colher de sobremesa de azeite morno; pingar 3 gotas no ouvido; tapar com algodão).
Seu uso constante ajuda a evitar acidente cardiovascular, sendo portanto indicado para pessoas que tem esta propensão. Pesquisas recentes indicam propriedades anti-trombótica, antifúngica, anti-bacteriana, antioxidante, hipotensora, hepatoprotetora, cardio protetora, hipoglicemiante (diabete), antitumoral principalmente em casos de câncer de cólon (provavelmente por ser antioxidante), é analgésica nas neuragias, antiviral, contra herpes simples tipo 1 e 2 (Simplex I e Simplex II), hipolipemiante para controle de colesterol e triglicérides, inibe a agregação plaquetária, possível proteção contra trombose coronariana ou devida a arteriosclerose.
www.saudenarede.com.br: Pasteur relatou, em 1858, a atividade antibacteriana do alho que tem sido confirmada por diversos autores até hoje. Em laboratório, mediante diluição em série, o extrato fresco de alho mostrou ser capaz de inibir o crescimento de 14 espécies de bactérias, entre as quais o Stafilococcus aureus, Klebsiella peneumoniae e Escherichia coli, que são bactérias potencialmente maléficas à saúde. Isto ainda se deu, mesmo usando o extrato de alho diluído 128 vezes.

Uma solução de 5% preparada com alho fresco desidratado mostrou atividade bactericida contra Salmonella typhimurium.  Isto é atribuído à alicina, o componente chave da atividade antimicrobiana que também é responsável pelo odor característico do alho. A atividade antimicrobiana do alho é reduzida com sua fervura pois a alicina é desnaturada durante o processamento térmico.

O alho ainda tem se mostrado ser capaz de combater o Helicobacter pylory, a maior causa de dispepsia, câncer gástrico e também de úlceras gástricas e duodenais.
Foi observado recentemente que 2g/L de extrato de alho inibe completamente o crescimento do H. pylori. Os autores concluíram que este efeito bactericida pode contribuir para prevenir a formação de câncer gástrico.

Esta evidência foi comprovada num estudo epidemiológico efetuado na China, onde foi notado que: O risco de câncer gástrico é 13 vezes menor em indivíduos que consomem 20g/ dia de alho em relação aqueles que consomem menos que 1g/dia. Em outro estudo, na Itália, foi observada uma correlação negativa entre o consumo de alho e o risco de câncer gástrico (risco relativo = 0,8). O efeito anticancerígeno do alho parece estar ligado à estimulação da enzima hepática glutationa S-transferase envolvida em processos de destoxificação de muitos carcinógenos.

Uso Normal:

Uso interno, tisana feita com material socado no pilão e preparado logo em seguida para evitar volatilização de compostos: aumenta a longevidade; evita acidente cardiovascular; suplemento nutricional germicida geral. Comer 3 dentes pela manhã, durante 7 dias: para combate a vermes (lombriga, solitária, ameba,[ ” bicha “].
Reduz dores articulares (inflamação articular), reduz colesterol, anti-inflamatório, doenças de pele, abscessos, furúnculos; uso interno, dose: 1 colher de chá de folhas secas, moídas em água natural (não deve ser fervido para não volatilizar os princípios ativos), 3 vezes ao dia. Unguento – para calos – misturar a polpa do alho amassado em óleo de oliva; aplicar no local protegendo-o com gaze. Insônia: esmagar um dente de alho em 1 xícara de leite quente. Deixar em infusão por 10 minutos e depois beber.
Literatura: estimula o sistema imunológico; atua nas úlceras do estômago, até combatendo a bactéria Helicobacter pylory; previne a possibilidade de câncer do estômago.
Botsaris, indica seus bulbos, em decocto, na dose de 6-15 gramas; em parasitoses usar alho cru em decocção , 3-5 dentes. Usar em: parasitos das víceras [Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis]; diarreia e disenterias com febre alta, taquicardia, fezes com pus e sangue e pulso débil; fraqueza geral, emagrecimento, anorexia, associados à deficiência de órgãos; apresenta as pesquisas científicas: efeito amebicida; efeito parasiticida [enterobíase em crianças 2-9 anos com negatificação do swab anal em 76% dos casos]; efeito antibacteriano [Staphylococcus aureus, Pneumococos, Meningococos, Salmonella typhi, C. diphteriae. Na China indicado em diarreia bacteriana com mais de 90% evoluindo bem]; tratamento de micoses profundas no pulmão [95% sucesso]; prevenção aterosclerose, diabete, diurético, apendicite aguda, efeito antineoplásico [injeção preparados via intraperitoneal em camundongos com hepatoma, preveniu disseminação do tumor], antitussígeno, digestivo, carminativo, digestão lenta, vermífugo, hipertensão arterial. ajuda na próstata aumentada ; ação anticancerígena no estômago

 


Uso Normal:

Na gripe (alho 70 %) juntamente com própolis (30 %); socar no pilão apenas na hora da infusão pela alta volatilidade dos compostos do alho.

Características:

Conhecida pelo homem há mais de 10.000 anos, sendo uma das mais antigas plantas medicinais. Herbácea tendo como característica um bulbo (cabeça), dividido em dentes (bulbilhos) comprimidos e reunidos em um invólucro com várias túnicas esbranquiçadas, róseos ou violáceos . Cada dente tem seu invólucro próprio . Adapta-se em solos fofos ricos em matéria orgânica. Plantio preferencialmente em março e abril, e a colheita quando as folhas ficam amareladas e secas . Originário da Ásia Ocidental e toda Europa, e Oriente médio. Existem diversas espécies cultivadas e com características medicinais semelhantes.

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